quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Ciência desmascara Deus ( Parte II )

Como observamos no texto anterior, o tema do artigo fora extraído das idéias do cientista Richard Dawkins em seu livro – “Deus, um delírio”. Também merece ser destacado, que os cientistas mencionados no artigo não possuem vínculo com nenhuma religião, o que nos proporciona uma visão não tendenciosa. Porém, a exceção fica para Alister McGrath, que deixou de ser ateu e se tornou cristão.

A premissa estabelecida em Gênesis 1 é que Deus cria todas as coisas e as sustenta pelo seu poder. Indo pelo mesmo viés, o salmista contempla a beleza da criação e chega a seguinte conclusão:

“O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram. Cada dia fala dessa glória ao dia seguinte, e cada noite repete isso à outra noite.” (Sl 19.1,2)

Ao olhar para a perfeição do universo, o astrônomo Sir James Jeans proferiu as seguintes palavras: “O universo parece ter sido desenhado por um matemático puro.”

Cientistas e estudiosos ao contemplarem a ordem da Terra, do sistema solar e do universo, perceberam nele perfeição, beleza e harmonia. Por conta disso, chegaram à seguinte conclusão:

a) A inclinação de 23 graus da Terra produz as nossas estações, no entanto, os cientistas dizem-nos que, se a Terra não tivesse a exata inclinação que tem, os vapores dos oceanos mover-se-iam para norte e sul, cobrindo os continentes de gelo.

b) Se a lua estivesse a 80 mil quilômetros da Terra, em vez de 320 mil, as marés seriam tão enormes que todos os continentes seriam submergidos pela água, até mesmo as montanhas seriam afetadas pela erosão.

c) Se a crosta terrestre fosse apenas três metros mais grossa, não haveria oxigênio, e sem ele, toda a vida animal morreria.

d) Se os oceanos fossem uns poucos metros mais profundos, o dióxido de carbono e o oxigênio teriam sido absorvidos e nenhuma vida vegetal poderia existir.

e) O peso da Terra foi estimado em seis sextilhões de toneladas (isso é um 6 seguido de 21 zeros). Ela tem, ainda assim, um equilíbrio perfeito e gira com facilidade no seu eixo. Ela revolve diariamente à razão de mais de 1.600 quilômetros por hora ou 40 mil quilômetros por dia. Num ano, isso dá mais de 14 milhões de quilômetros.

f) A Terra revolve em sua própria órbita ao redor do Sol, percorrendo a cada ano o longo circuito elíptico de 965 milhões de quilômetros, o que significa que viajamos nessa órbita à velocidade de 30 quilômetros por segundo, ou 1.800 quilômetros por hora.

g ) Cada metro quadrado da superfície do sol emite constantemente um nível de energia de 130 mil cavalos força (+/- 450 motores de oito cilindros ) em chamas, que estão sendo produzidas por uma fonte de energia muito mais potente que carvão.

Diante desta grandeza, o matemático e físico Stephen Hawking balbuciou as seguintes palavras: “O fato marcante é que os valores destes números parecem ter sido finamente ajustados para que o desenvolvimento da vida fosse possível.”

Steven Weinberg (Prêmio Nobel de Física) disse: “A vida, como nós a conhecemos, seria impossível se qualquer uma das constantes físicas tivesse valores ligeiramente diferentes.”

O Físico e Astrobiólogo Paul Davies, deslumbrado, fez a seguinte observação: “A coisa realmente impressionante, não é que a vida na Terra esteja como que ‘equilibrada na ponta de uma navalha’, mas que o universo inteiro está como que ‘equilibrado na ponta de uma navalha’, e que seria um caos total se qualquer uma das constantes naturais estivessem ligeiramente fora de ajuste. Veja, mesmo que você considerasse a existência do ser humano como produto do acaso, permaneceria o fato de que o universo parece incompreensivelmente apropriado para a existência da vida – quase arquitetado, você poderia dizer um trabalho planejado.”

Existem pessoas que, diante desses fatos, argumentarão dizendo que isto é fruto do acaso, eu, porém, unirei a minha voz à do salmista e sairei por aí cantarolando: “O céu anuncia a glória de Deus e nos mostra aquilo que as suas mãos fizeram. Cada dia fala dessa glória ao dia seguinte, e cada noite repete isso à outra noite.” (Sl 19.1,2)

Pr. Fernando G. Dias

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A ciência desmascara Deus.

O titulo deste artigo foi cunhado do pensamento do cientista Richard Dawkins, em seu livro, “Deus: um delírio”. O presente artigo tem como foco avaliar Gênesis 1, comparando-o com o que a ciência diz acerca do universo. Para muitos, Gênesis 1 e a ciência são opostos e excludentes, no entanto, creio que tal pensamento se dá pelo fato de muitas pessoas terem uma visão errônea acerca dessa passagem, dando a ela uma conotação inveraz. O autor de Gênesis não tinha em mente fins científicos e nem o texto tem a pretensão de fazer ciência. A mensagem ali descrita é clara, ou seja, Deus é o criador de todas as coisas.

Diante, muitas vezes dos embates surgidos entre fé e ciência, pergunto: A ciência tem corroborado para termos uma visão melhor acerca de Deus e da criação? Genesis 1 e a ciência são de fato excludentes? A ciência tem seus limites quanto às questões acerca da vida e morte, ou ela possui todas as respostas?

Clinton Richard Dawkins, cientista e professor da Universidade de Oxford, em seu livro – “Deus, um delírio”, disse o seguinte: “[...] quase com certeza Deus não existe.”

Três coisas ficam claras em seu livro: (1) Deus não existe, (2) A ciência desbancou Deus e (3) A ciência é capaz de nos oferecer todas as respostas.

No entanto, o biofísico molecular Alister McGrath, faz a seguinte observação quando Dawkins é assertivo em dizer que a ciência explica tudo. Diz ele: “As teorias cientificas não podem ser tomadas para ‘explicar o mundo’, mas apenas para explicar os fenômenos observados no mundo.” E seguindo na mesma direção, o imunologista de Oxford Peter Medawar faz a seguinte observação (Apud: Alister McGrath): “A existência, de fato, de limites para a ciência parece muito provável em razão de haver perguntas que ela não pode responder, e que nenhum avanço concebível dela autorizaria a responder. Tenho em mente questões do tipo: (a) Como tudo começou? (b) Para que estamos todos aqui? e (c) Qual o sentido da vida?

Medawar está fazendo uma distinção entre metafísica e ciência. No que diz respeito à organização do universo, isso é com a ciência, e no que diz respeito às questões transcendentes, isso é com a metafísica. A posição de Medawar está de acordo com o que foi preconizado em Deuteronômio 29.29 “As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre...”.

Sigo pelo mesmo viés de Albert Einstein que fez a seguinte ponderação: “O homem encontra Deus por detrás de cada porta que a ciência é capaz de abrir.”

O Cosmólogo Allan Sandagem faz a seguinte observação: “A ciência nos levou ao primeiro evento, mas não pode nos levar além à primeira causa. O surgimento súbito da matéria, espaço, tempo e energia aponta à necessidade de algum tipo de transcendência. Foi a minha ciência que me levou à conclusão de que o mundo é muito mais complexo do que pode ser explicado pela ciência. É somente através do sobrenatural que eu posso entender o mistério da existência.” O astrofísico e cosmólogo Sir Fred Hoyle, asseverou o seguinte: “Uma interpretação de bom senso dos fatos sugere que um super intelecto tem brincado com a física, assim como com a química e biologia, e que não existem forças cegas na natureza que sejam dignas de comentário.”

“No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo...”.

Algumas coisas precisam ser consideradas em Gênesis 1.1 e 2:

(1) Há uma distinção entre Deus, o criador e a criação; (2) Fica estabelecido a soberania de Deus sobre a desordem. Não há nada que esteja além do conhecimento e do poder de Deus no universo; (3) Deus é o principio ordenador que triunfou sobre a desordem; (4) Por sua vontade, o universo e toda forma de vida vieram a existir e (5) O universo não é auto-existente, portanto, não é auto-sustentável e isso está de acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica que diz: “todo organismo abandonado a si mesmo tende a se degenerar”. Por isso, o relato bíblico vai dizer que o universo é sustentado por Deus.

Ao olhar para este universo tão perfeito e para aquilo que é descrito pela ciência, chego à seguinte conclusão:

A ciência não contradiz o que está inserido em Gn 1 e vice-versa;

A ciência não acaba com Deus como quer o ateu Richard Dawkins, pelo contrário, ela colabora para conhecermos um pouco mais de Deus – sua pessoalidade, seu cuidado com a criação; sua vontade criativa e perfeição.

Deus não abandonou a sua criação como assevera alguns. Ele, mantém o universo e todas as coisas criadas sob o seu total domínio, sustentando conforme o seu desígnio e poder. Ou como salientou os Astrônomos Barrow and Silk: “O universo teria que ser exatamente do tamanho que é para poder sustentar mesmo que seja uma única e solitária forma avançada de vida.” Portanto, Deus cuida da sua criação e o ser humano destrói com sua ganância sem fim.

Todavia, sempre se levantará pessoas questionando a existência de Deus, a fé num Deus criador e sustentador de todas as coisas. Para estes, faço das palavras do Economista Stuart Chase, as minhas palavras: “Para aqueles que crêem, nenhuma prova é necessária. Para aqueles que não crêem, nenhuma prova é possível.”

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Independência é Morte!

Amanhã, comemora-se o dia da Independência do Brasil. Foi um processo duro que culminou com a emancipação política deste país, do reino de Portugal. Foi às margens do riacho Ipiranga que D. Pedro bradou a celebre frase conhecida por todos nós: Independência ou morte !.

Porém, este artigo tem como objetivo avaliar a emancipação humana com relação a Deus, o seu criador, e as conseqüências oriundas desta emancipação. Todavia, devemos perguntar: Ser independente de Deus nos tornou seres humanos melhores?

Francis A. Schaeffer (Apud: Hermisten Maia P. da Costa) faz a seguinte observação: “Os humanistas tinham certeza de que o homem, partindo de si mesmo, seria capaz de resolver qualquer problema. A fé no homem era total. O homem que, partindo de si mesmo, era capaz de se esculpir a si mesmo na rocha, diretamente na natureza, poderia resolver tudo. O brado humanista era ‘eu posso fazer o que bem quiser; espere só até amanhã’...”

Schaeffer chama nossa atenção para o fato de que Deus fora substituído pela introspecção, racionalidade, ou seja, o olhar humano deixa de estar na pessoa de Deus e volta-se para si mesmo numa pretensão descabida de “eu posso fazer o que bem quiser”. Esse novo paradigma estabelecido pelo ser humano de olhar a si mesmo como medida de todas as coisas teve as suas conseqüências e essas são colhidas até os dias atuais. Essas conseqüências foram assim sintetizadas por Paulo: “Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. 2ª Timóteo 3.2-4”

O que Paulo descreve é o retrato fiel da humanidade, seres humanos cada vez mais egoístas, hedonistas, narcisistas, materialistas e sem valores perenes. Os meios de comunicação estão repletos de manchetes que corroboram para aquilo que Paulo descreveu, logo, podemos concluir, que o ser humano ao se tornar autônomo virando as costas para o seu criador não se tornou um ser melhor. Diante dessa situação, cabe bem as palavras de Hermisten Maia P. da Costa: “De fato, a centralização do homem, a busca de sua essência como fim último de todas as coisas, não poderia e nem pode gerar valores permanentes. Ainda hoje, curiosamente, somos levados a pensar no homem ‘como medida de todas as coisas’, como se a solução de todos os seus problemas estivesse simplesmente na capacidade de olhar para dentro de si. A genuína antropologia deve ser sempre e incondicionalmente teocêntrica.”

A inserção de Jesus na história revela-nos pelo menos 3 coisas:

1) O ser humano está longe de Deus e por isso ele reverbera – maldades, mentiras, subornos, relacionamentos descompromissados, fraudes e ganâncias sem fim.

2) O ser humano ao se tornar autônomo perdeu a capacidade de perceber quem é de fato Deus,logo, ele vive sob os ditames muitas vezes de um pseudo-Deus. Esse pseudo-Deus na mente humana é revestido de permissividade, injustiça, desigualdade, tolerância para com os meus erros.

3) Jesus é o mediador entre o ser humano e Deus. Por isso Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14.6.

Na pessoa de Jesus fica evidente como devemos ser. Deus é amor, logo, eu não posso ser ódio; Ele é justo, eu não posso ser injusto; Ele é verdade, eu não posso ser mentiroso; Ele é Santo, eu não posso viver na promiscuidade.

Olhar para as descrições acima é reconhecer que precisamos de Jesus para termos a verdadeira percepção do Pai e o que Ele espera de nós. O historiador W. E. H. Lecky escreveu o seguinte: “Os ensinamentos de Jesus são uma agência que todos os homens devem, agora, admitir, por bem ou por mal, como a alavanca moral mais poderosa que jamais se aplicou às questões humanas”. Portanto, precisamos deixar de fazer a pergunta – Que tipo de atitude devo ter? para estabelecer a seguinte pergunta: Que tipo de pessoa preciso ser?. Precisamos transformar o conhecimento em atitudes.

Observar e dizer que sabe o que Jesus ensinou não redundará em mudanças. Precisamos reconhecer e vivenciar aquilo que foi ensinado por Ele, abraçar a causa. Ou como bem disse Camilla Morgado (atriz que fez o papel de Olga): “Para levantar uma bandeira não basta apenas falar: eu sou contra. Não adianta defender uma causa e depois ir para casa dormir, jantar num restaurante e passar o dia num shopping. É preciso largar tudo e viver daquilo”. Em outras palavras, é mais fácil discutir valores e princípios do que viver por eles.

No entanto, ao continuar optando pela autonomia, o ser humano colherá o fruto da sua arrogância, da sua decadência moral, da sua falta de valores perenes, do seu egoísmo, do seu consumismo, permissivismo e gritará muitas vezes no “riacho” do seu coração: Independência é Morte!!

Pr. Fernando G Dias